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Fernanda Lendimuth Gomes de Melo - Doctoralia.com.br

Obesidade infantil e riscos de diabetes Tipo 2

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional*, do Ministério da Saúde, mostram que, em 2013, aproximadamente 8% de todas as crianças de 0 a 5 anos eram consideradas obesas no Brasil. Em números absolutos, eram 345.270 crianças nessa faixa etária, o que representa um aumento de 79,3% desde 2008. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de crianças em 2025.

Esses são dados alarmantes. Em primeiro lugar, porque, ao contrário da crença antiga de que “a criança gordinha vai emagrecer quando crescer”, uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso. Além disso, a obesidade na infância afeta profundamente a qualidade de vida da criança e pode levar a aparecimento precoce de doenças como diabetes tipo 2, colesterol alto, gordura no fígado.  O diabetes tipo 2 na criança e no adolescente pode ser considerado um problema emergente na nossa população.

Mantendo-se o cenário atual, existe a possibilidade de termos, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais. Por isso, a prevenção e o tratamento da obesidade infantil passaram a ser prioridade, com ações de estímulo a mudanças de comportamento. Embora a genética tenha muita influência na tendência ao ganho de peso, o ambiente em que a criança está inserida, com os hábitos aprendidos, exerce um impacto maior. Medidas de intervenção na mudança de comportamento podem ser muito eficazes. Isso vai desde medidas de estímulo ao aleitamento materno, por exemplo, que é considerado um grande aliado na prevenção da obesidade infantil. A família e a escola são aliadas fundamentais!

A ideia é adotar mudanças sem neura:

  1. A primeira dica é dar o exemplo: se os pais comem com qualidade e atenção, não apenas oferecem um modelo de comportamento para as crianças, como também se tornam mais hábeis em reconhecer o que acontece durante a alimentação delas, e a lidar com isso de forma compassiva. Isso significa ensinar a respeitar a fome e a saciedade natural (nada de “ter que limpar o prato”). Também significa perceber quando a criança come ou deixa de comer por estar entediado, frustrado ou triste, e acolher e ajudar a criança a lidar com essas emoções de outra forma que não através da comida. Melhorar a alimentação significa fazer, sempre que possível, as refeições em família, em casa.
  2. Aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas. Ter em casa esses alimentos à disposição e estimular de maneira criativa a experimentação. Oferecer uma ampla variedade de alimentos, os mais naturais possíveis, também contribui para que a criança mantenha a sintonia com seus sinais internos. Os pais podem ajudar as crianças a ter uma atitude de curiosidade e atenção aos alimentos e ao próprio corpo. Por exemplo, forçar a criança a comer os vegetais “porque são saudáveis” pode incentivar a crença de que os vegetais não são gostosos. Em lugar disso, que tal estimular a curiosidade da criança quanto ao formato, cheiro e cor dos alimentos, ou o som que eles fazem quando são mastigados? E o sabor dos alimentos, no instante em que estão sendo saboreados: a cenoura que hoje está mais docinha, ou qual será o morango mais gostoso do prato.
  3. Diminuir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Sabemos que a indústria de alimentos processados cria propositalmente produtos que driblam nossos sentidos para parecerem mais atraentes: adição de açúcar, sódio, corantes, aromatizantes e sabores artificiais. Isso não significa que esses alimentos devam ser proscritos – até porque a proibição pode fazer com que pareçam ainda mais atraentes. Mas se a criança se habitua desde cedo a reconhecer seus sinais internos, quando ela tiver contato com esses alimentos, tem maiores chances de perceber como o corpo reage para além desse estímulo inicial artificialmente produzido.
  4. Cabe à escola oferecer nas suas cantinas, para todas as idades, opções variadas e saborosas de lanches saudáveis, com alimentos in natura. E abrir espaço no currídulo de todas as faixas etárias para discutir alimentação saudável.
  5. Estimular a atividade física, a movimentar-se! Todo movimento conta: é recomendável que as crianças e adolescentes sejam fisicamente ativos todos os dias e que devem praticar atividades prazerosas e lúdicas. Andar de bicicleta, brincadeiras (pega-pega, esconde-esconde, pique-bandeira) , jogos com bola, aprender a nadar, fazer dança, aprender um esporte, ou uma luta. Experimentar muito para descobrir seu gosto.
  6. Controlar e diminuir o tempo de tela: TV, computador e celular.
  7. Dormir bem e o suficiente, em ambiente escuro e silencioso.

É muito importante que os pais estejam atentos a qualquer mudança e sempre conversem com seus filhos sobre a importância dos hábitos saudáveis.

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